terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Dos Recados

Insurgi-me certa vez aqui acerca da falta de critério em relação à musica, referia-me a uma pessoa que dançou tudo da mesma maneira e que achei estranho porque se os ritmos são diferentes, as sensações são diferentes como é possível os movimentos serem os mesmos?

Em relação às pessoas a falta de critério já pode, e na minha opinião deve, ser vista de uma outra forma. Reparem que a falta de critério a nível do coração, significa que não há preconceitos, não há uma visão pré-concebida de um ideal de beleza, de um determinado grupo, ou mesmo de género...
Ora, eu sou assim! Não tenho qualquer critério eu apaixono-me por pessoas e não por mulheres, eu apaixono-me por mulheres e não por serem, ou não, bonitas, ou todas iguais.

Amiga, e amigo, eu não estava a brincar quando falámos ontem, falava bem a sério : "Não ter critério, neste caso, é o expoente máximo da liberdade e total ausência de preconceitos".

Assim como a total vivência do presente como sendo aquilo que é, a eternidade, que podem ler no post anterior ;)

4 comentários:

Anónimo disse...

Podemos não ter preconceitos (ou pensar não ter), podemos não ter uma imagem pré concebida do ideal, mas não ter critérios na paixão, não depende de nós.

Apaixonamo-nos sem querer e não o controlamos.

Não ter critério pode ser o "expoente máximo da liberdade (...)", mas muitas vezes a paixão é vista e sentida não como uma liberdade, mas uma prisão.

Talvez o expoente máximo da liberdade fosse apaixonarmo-nos por quem quisessemos, quando quisessemos e onde quisessemos. E depois deixar de sentir quando nos apetecesse.

Pensando melhor...misturar os conceitos de liberdade e controle torna-se complicado...

I Am No One disse...

Psiquê,

Quanto menores forem os preconceitos maior será o numero de "objectos" pelos quais te poderás apaixonar, por isso, os critérios a quem me refiro não são mais que estes preconceitos ou imagens de mulher/homem ideal.

A liberdade que refiro não tem a ver com a consequência da paixão mas com o objecto da mesma, o acontecimento é totalmente aleatório e mais aleatório será se não tiveres preconceitos.
E sim, tens razão não há liberdade se existir controlo. Se quiseres, apenas há liberdade se a anarquia de sentimentos for a reinante, ou seja exactamente o oposto do que escreveste.

film-m k disse...

concordo contigo, Ebola...
escrevi em tempos um post sobre o mesmo assunto que, infelizmente, apaguei - mas tinha como partida a palavra "qualquer"...
(vou ver se entretanto me lembro da ordem do pensamento de então)

é ao se estar disponível que o mundo se mostra - isto serve para tudo e não apenas para o amor...
(mas é claro, que este é sempre o assunto de maior interesse! ;)

I Am No One disse...

Penso que "qualquer" será a palavra que melhor resume esta relação entre disponibilidade e probabilidade, e sim relação que se verifica em tudo na vida.